No vídeo “Minha vida de João”, o lápis, que representa a sociedade, faz diversas interferências na vida do menino chamado João. Uma das mudanças que mais se destacaram, de acordo com sexualidade, foi quando o lápis apagou o que o menino vestia e lhe deu roupas apropriadas, segundo a sociedade em que ele vivia.
Essas intervenções seriam muito normais ou talvez nem fossem notadas pela maioria das pessoas que compõem a sociedade brasileira.
Por mais que possa ser estranho para algumas pessoas, inclusive você leitor, acredito que esse ato foi muito grave, pois não deixou o menino se descobrir naturalmente. Mesmo que ele continuasse a se vestir daquela maneira não significaria que ele fosse homossexual. A visão de que o homossexual é “mulherzinha” ou “macho fêmea” está quase que totalmente errada, pois a pessoa que é homossexual simplesmente sente atração por indivíduos do mesmo sexo, e não que essa pessoa queira ser homem sendo mulher ou queira ser mulher sendo homem.
No vídeo “Vida Maria”, a menina, como todos nós, começa a ser socializada desde muito cedo só que com algo diferente. Maria, como a maioria das pessoas, não conseguiu criar uma mente própria, talvez porque era incapaz ou por dependência.
Outra realidade mostrada no filme era que ao sermos socializados, passamos para as gerações futuras o que nos foi submetido como certo e errado.
Marias eram meninas humildes do interior, provavelmente nordestino, que viviam exercendo o que lhe era proposto e o que era considerado obrigação para as mulheres – serviços domésticos.
Elas cresciam cumprindo esses supostos deveres e se enlaçavam com um homem. Depois de se casarem, tinham que dar roupa lavada, comida pronta na hora certa e varias outras coisas, como serem “escravas” sexuais.
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