sábado, 22 de outubro de 2011

Sócrates e o conhecimento filosófico


A cartum do Quino faz referência ao filosofo grego Sócrates, que viveu no século V a.C., em Atenas. Sócrates dedicou a vida a praticar a filosofia com aqueles que estivessem dispostos a investigar suas próprias idéias e distinguir o verdadeiro do falso. Entre os companheiros de diálogo de Sócrates estavam principalmente os jovens atenienses. Entre eles, um discípulo que mais tarde se tornaria um filósofo famoso, Platão. Foi Platão quem escreveu os Diálogos, nos quais Sócrates aparece como personagem e interlocutor de conversas filosóficas sobre os mais variados temas: o amor, a virtude, a morte, a verdade, a aprendizagem...
Lendo os Diálogos, podemos perceber que o método de investigação que Sócrates utilizava para filosofar caracterizava-se por:
.    Reconhecer a própria ignorância como ponto de partida e abertura para conhecer;

.    Fazer perguntas que levassem o interlocutor a examinar cuidadosamente as idéias que ele e os outros apresentavam sobre o tema em discussão.


Além de filósofo, Sócrates era um bom cidadão, excelente guerreiro e costumava encantar muitos jovens com sua prática filosófica.
Entretanto, quando ele tinha aproximadamente 70 anos, foi levado ao tribunal, acusado de ateísmo e corrupção da juventude. Julgado e condenado foi obrigado a beber cicuta (veneno). Seus amigos o incentivaram a fugir, mas Sócrates cumpriu as leis da cidade que amava e pela qual tantas vezes havia lutado em guerras, para defender e a democracia.

Conhecimento filosófico
Se o filósofo é aquele que busca a verdade mas não a possui, se é aquele que interroga sobre todas as coisas, o que será então o conhecimento filosófico? Se você está se fazendo esta pergunta, estamos caminhando bem. Uma resposta óbvia é que o conhecimento filosófico é produto da atitude filosófica desenvolvida. Ou seja, o exercício e o processo do filosofar produzem o conhecimento filosófico. Mas isso é pouco, e alguém poderia perguntar “sim, mas qual a diferença entre o conhecimento filosófico e outros tipos de conhecimento, como a matemática, a biologia, a arte, a religião, a sabedoria popular ou qualquer idéia que nos ocorra”? Bem, é preciso examinar, então, que semelhanças e diferenças a filosofia tem quando comparada a essas outras formas de conhecimento.

A filosofia não é uma doutrina, mas uma atividade (Ludwig Wittgenstein): 
A atitude filosófica que Wittgenstein demonstra é um pensamento já construído (conhecimento filosófico). A filosofia seria uma atividade sem fim, pois sempre apareceriam questões que tivessem de ser respondidas por esse pensamento infinito. A filosofia é um conhecimento que abre portas para mais informações, um conhecimento que gera vários outros.

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